Pastor é preso em Bangladesh por acusação de fazer parte de grupo antiestado

Nenhum comentário
Pastor é preso em Bangladesh por acusação de fazer parte de grupo antiestado

Antes de se converter ao cristianismo e ser pastor, o veterinário Samsuddin era muçulmano. Ele foi preso na semana passada junto com 17 pessoas, todas acusadas de fazer parte do Jamaat-e Islam, um partido político religioso conhecido por ser antiestado, em Bangladesh.

Agora que a polícia sabe que ele se converteu ao cristianismo, o pastor e sua família temem que isso seja usado contra ele na prisão. Bangladesh é o 32º país na Lista Mundial da Perseguição, segundo a Portas Abertas.

Os cristãos bengaleses enfrentam perseguição e hostilidade pelas lideranças muçulmanas do país. As mulheres estão sujeitas a agressão sexual, estupro e casamento forçado. 

Para os homens, a vida pode ser bastante complicada também, porque abandonar o islã é visto como apostasia e desprezo à fé da família. Há vários relatos de falsas acusações contra cristãos que foram presos injustamente.

Entenda o caso do pastor Samsuddin

Na noite de 18 de outubro, Samsuddin participou de um treinamento veterinário no Hospital Darus Shifa com outros profissionais, quando as portas da sala em que estavam de repente se abriram e uma equipe de policiais invadiu o hospital.

Todos os veterinários e treinadores que estavam presentes foram presos. Eles foram acusados de fazer parte de uma conspiração antiestado e de realizar reuniões secretas. 

Em 21 de outubro, uma equipe de detetives foi à casa de Samsuddin para investigar e coletar informações sobre ele. As autoridades perguntaram se Samsuddin fazia parte do Jamaat-e Islam, um partido político islâmico de base religiosa.

A esposa Mafuza disse à polícia que ele se converteu do islã ao cristianismo há muitos anos e que não faz parte do grupo citado. A informação também foi confirmada por outros moradores. 

Samsuddin é um veterinário conhecido por tratar dos animais locais na aldeia onde mora, há muitos anos. Ele faz alguns trabalhos pastorais e compartilha o Evangelho sempre que pode, e a esposa ajuda os membros da comunidade local a ler e escrever. O casal é conhecido por ser muito ativo no ministério. 

Ousadia em proclamar a fé em Cristo

Samsuddin e Mafuza são ousados em proclamar sua fé. “Os aldeões e os líderes locais sabem que ele é cristão. Ele não poderia fazer parte do partido político religioso islâmico”, explicou a esposa.

Ela também esclareceu que ele estava na reunião para fins de formação profissional e disse que duvida que haverá justiça para o marido neste caso, pois o fato de ser um cristão o torna ainda mais vulnerável.

“Os investigadores pegaram os documentos de nossas atividades e certificados cristãos para provar que ele é cristão”, ela ainda compartilhou.

Ameaças de tortura

No dia 24 de outubro, o tribunal aprovou uma prisão preventiva de 1 dia para Samsuddin. A polícia local está pedindo dinheiro para que a vítima não seja torturada durante o tempo de reclusão.

De acordo com Mafuza, pode levar dois meses para o marido conseguir fiança. Samsuddin está atualmente muito frustrado, deprimido e está ficando mais fraco.

A esposa explicou que ele não consegue comer ou beber devido ao medo da perseguição e à tensão pelo atual momento, por isso ela pede orações.

Fonte: Guiame

Nenhum comentário

Postar um comentário